A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de anular as provas da Operação Boi Barrica, realizada pela Polícia Federal, fez crescer a pressão dos advogados de outros réus alvos de ações semelhantes. Advogados dos acusados nas operações Voucher, Navalha, Mãos Limpas e Caixa de Pandora ainda aguardam julgamento na corte, mas já vislumbram um resultado favorável.
Entre os personagens graúdos acusados de corrupção e desvio de dinheiro público que esperam fulminar as provas obtidas pela Polícia Federal estão os ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido), preso na operação Caixa de Pandora, e do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), apanhado pela Operação Mãos Limpas, além dos envolvidos na Operação Voucher, que derrubou a cúpula do Ministério do Turismo.
“Pedi a anulação de todo o inquérito. A maior prova da inocência do meu cliente (José Roberto Arruda) é que até hoje o Ministério Público não o denunciou”, afirmou o criminalista Nélio Machado. Ele alega vícios no processo, entre os quais grampos ilegais e espera que a jurisprudência do STJ contribua para o descarte das provas. “Toda decisão que reconhece ilegalidade e abuso na coleta de provas gera jurisprudência nova”, enfatizou.
Aguardam ansiosos na fila os réus da Operação Voucher, que pôs na cadeia, em agosto, a cúpula do Ministério do Turismo e provocou a queda do ministro Pedro Novais (PMDB-MA). “A Justiça e a polícia não podem passar por cima da lei e sair ampliando o tempo e o leque de interceptações como se fossem filhotes”, criticou o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakai, que atuou na defesa do ex-secretário executivo do Turismo, Frederico Silva da Costa, o Fred, preso e apontado como cabeça do esquema. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fico imaginando se existe uma saída para esse escândalo reportado na matéria acima. Existe sim: a educação. Precisamos acreditar que o caminho para o fim da corrupção desenfreada que atinge até mesmo quem deve ser exemplo está nas nossas mãos. Enquanto ficarmos esperando que alguém faça alguma coisa, eles fazem, destruindo as estradas da justiça e da moral.
O que precisamos e começar por nós, nos pequenos gestos diários, respeitando regras, vivendo de forma simples e despojada, atentos à realidade que nos cerca e educando os menores para a fraternidade e a sensibilidade.
O caminho para o fim da corrupção passa pelo nosso coração, que precisar fazer eco pelas denúncias, pelo voto consciente e pela coragem de combater primeiro em nosso lar, nossa família, expandindo para a comunidade e para o país.
Um passo de cada vez, mas para frente.
Giorgio, scj
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