João Leão Dehon sentiu o chamado de Deus, aos treze anos, e iniciou uma longa luta com o seu pai, que não pretendia ter um filho padre. Depois de longa viagem pela Europa que seu pai lhe proporcionou com a clara intenção de que não seguisse a carreira sacerdotal, ele foi para Roma onde o papa Pio IX o aconselhou a fazer os estudos eclesiásticos ali mesmo.
Em 1868 seu pai, convertido sinceramente, recebeu a eucaristia das suas próprias mãos, enquanto celebrava a sua primeira missa. Mas ele tinha algo que o inquietava. Sentia um forte desejo de ingressar numa congregação religiosa. Como não encontrou uma que atendesse seus anseios por justiça social associada às missões, decidiu e fundou a Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus em 1878. Porém as coisas começaram a se complicar, o governo maçônico da França decretou a expulsão das congregações religiosas do país. Padre Dehon, para proteger seus sacerdotes no caso de expulsão, adquiriu uma casa na Holanda, pois assim teriam onde refugiar-se. Mas a situação ficou tão confusa que o próprio Vaticano que suprimiu varias congregações. Cinco anos depois, o papa decretou a reabertura da congregação. Dehon passou a trabalhar para consolidá-la, fundando novas Casas por todo o mundo.
Ele morreu em 1925, deixando uma obra notável e duradoura como apóstolo social e, principalmente, como apóstolo do Coração de Jesus. Ele experimentou o amor de Deus ao contemplar o Coração de Jesus traspassado na cruz, testemunhou-o durante a sua vida terrena e imprimiu-o como carisma de sua congregação.
Atualmente, os religiosos "dehonianos" fazem o mesmo, evangelizando e trabalhando pela justiça social em paróquias, colégios, faculdades, orfanatos, creches, comunidades de recuperação de dependentes químicos, missões nos quatro cantos do mundo.
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