2 de julho de 2010

Viciados em futebol são comparáveis a alcoólatras


Em tempo de Copa do Mundo, vale pensar um pouco sobre nossa falta de patriotismo. Digo isso porque pensar em "Brasil" apenas a cada quatro anos, parar para acompanhar um jogo e torcer dizendo com todo o peito "sou brasileiro com muito orgulho", mas calar-se diante da corrupção, da miséria de muitos, dos problemas sociais, da juventude sem valores... é muito pouco patriota...


Achei um artigo na Folha que acho oportuno divulgar.


Antonio deixou a mulher no hospital, a minutos do parto de uma gravidez complicada, para ver seu time do coração, Matonense, jogar. Vitor ameaçou: se o Corinthians for mal, termina com a namorada palmeirense. Leônidas vendeu o sítio da família para acompanhar o Internacional até o Japão.
Para eles, de certa forma, vale a máxima "o futebol é o ópio do povo". São, afinal, viciados e precisam de tratamento, segundo o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes).

Os torcedores responderam a um questionário avaliado pelo psiquiatra. A pessoa que manifestar qualquer um desses comportamentos de vício mais de cinco vezes por mês é considerada "dependente" segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), diz o médico.

Assim como em drogas, álcool ou jogatina, o boleiro fanático não acredita ter perdido o controle. "É vício porque [o paciente] só pensa naquilo. Não consegue trabalhar, nem ter relacionamentos afetivos ou vida social."

"Muitas vezes, a pessoa está passando por um problema e, em vez de encará-lo, usa o futebol como fuga."

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