24 de março de 2011

Celebração da Luz


Dirigente: Iniciemos nossa celebração, manifestando que Deus é comunidade e nos reúne em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Cada um de nós representa um dia da criação. Mergulhemos nessa maravilha de sermos criados no amor de Deus. A medida que forem lidos os dias da criação, as pessoas do número do dia mencionado, aproximar-se-ão do Círio aceso, acenderão suas velas, em sinal da presença do amor e da luz de Deus em sua vida.

Leitor 1: Gen 1,1 a 2,4

Leitura pausada, fazendo uma pequena parada depois de cada dia da criação, permitindo que as pessoas acendam suas velas.

Depois da leitura, quando todos já estiverem com suas velas acesas, pedir aos participantes que partilhem o que significou este momento.

RITO DA ESCURIDÃO

Dirigente: O amor de Deus, na criação, é podado e sufocado pelo egoísmo do homem. É história do pecado na história dos homens e na nossa história. Vamos agora representar a participação de cada pessoa, na ruptura com o plano de Deus, do mesmo modo que representamos um dia da criação. Agora, tentaremos vivenciar um dia da destruição. Mergulhemos nesta realidade de pecado que destrói e sufoca o amor de Deus. A medida que forem lidos os dias do antigênesis, as pessoas do número do dia mencionado, apagarão suas velas, em sinal de ruptura com Deus e com os homens. Serão as velas do egoísmo entrando em nossa história, em nossa vida.

LEITURA DO TEXTO DO ANTIGÊNESIS

Dirigente: Perto do fim dos tempos, o homem quis viver só, longe do Deus que o criou. Assumiu-se como absoluto, senhor de toda a terra. A terra era bela e fértil. A luz brilhava nas montanhas e nos mares. A terra estava cheia de vida, o azul do céu resplandecia e o ar era puro.

>> Disse então o homem: dividamos o céu e a terra... que alguns homens possuam todo o poder sobre o céu e outros sobre a terra. Que a ganância de possuir mais dê origem às discórdias e luta fraticídas e assim o sangue humano seja derramado sobre a terra. Que os corações fechados pelo egoísmo recusem o diálogo e o perdão. Que o respeito seja banido das famílias. Que a infidelidade reine em todos os sentidos. E assim foi! FOI A PRIMEIRA NOITE ANTES DO FIM.

O grupo do primeiro dia apaga suas velas.

>> O homem disse: tomemos o céu, que ele seja cinzento, cheio de fumaças e gazes venenosos e que o ar seja poluído. Lancemos nele aviões, foguetes scuds e bombas inteligentes. E assim se fez! O homem achou que assim era melhor. As pessoas começaram a levar consigo máscaras antigas e se promoveram toda sorte de mentiras. A desordem, a desobediência a Deus, Pai e Criador do Universo. Houve recusa do Amor. Enfraqueceu-se a fé e a fidelidade. FOI A SEGUNDA NOITE ANTES DO FIM.

O grupo do segundo dia apaga suas velas.

>> O homem disse: que as águas sobre a face da terra se encham de navios, de produtos químicos e de lixo das cidades. Que naveguem nas águas, no fundo dos oceanos, submarinos atômicos, capazes de poluir e destruir os povos sobre a terra. E o homem afirmou: acabemos com o verde das florestas. Coloquemos em seu lugar plantas que dêem mais lucros, prédios que acumulem riquezas e asfalto para que não nasçam mais plantas. Consumir! Consumir foi a ordem. Exigir à custa do prejuízo dos outros. Multiplicaram-se as necessidades materiais, não houve mais lugar para o Amor, a Fé e a Esperança. Assim se fez! Os homens ficaram encantados com os avanços conquistados. FOI A TERCEIRA NOITE ANTES DO FIM.

O grupo do terceiro dia apaga suas velas.

>> O homem disse: não nos importemos mais com o solo, com as estrelas e que a Lua perca o seu encanto. Façamos nós mesmos os nossos luzeiros, que sejam coloridos, para que brilhem nas noites de nossas cidades. E que as bombas sejam lançadas ao céu, para fazer o mesmo clarão das noites de tempestades. E assim se fez! O homem abafou o encanto da Lua e das estrelas. No seu lugar, colocou satélites espiões. As Igrejas ficaram desertas! O incenso das preces deixou de se elevar aos céus. Materialismo, secularismo tomaram conta do homem. O homem viu tudo o que tinha feito e ficou orgulhoso da sua façanha. FOI A QUARTA NOITE ANTES DO FIM.

O grupo do quarto dia apaga suas velas.

>> O homem disse: tomemos todos os peixes das águas e os animais das florestas. Que a pesca seja permitida em todos os tempos, por esporte, necessidade ou crueldade. Joguemos petróleo e veneno no mar, para que assim os peixes morram envenenados e as praias fiquem mal cheirosas e poluídas. E disse ainda mais: criemos um esporte entre os homens, para que possam matar as aves do céu, que seja o vencedor aquele que mais aves conseguir abater. As almas consagradas definhem por falta de fé. Que suas vozes se calem! Que os valores perenes do Evangelho sejam imediatamente substituídos. Que os corações fiquem poluídos com a fumaça do orgulho e do desamor e de toda a sorte de infidelidade. E assim se fez! O homem viu que assim era melhor. FOI A QUINTA NOITE ANTES DO FIM.

O grupo do quinto dia apaga suas velas.

>> Disse o homem: Cacemos à vontade os animais das florestas. Façamos tapetes, calçados e roupas com sua pele. E aqueles que ainda sobraram, sejam trancados, domesticados, sirvam de lazer e experiência de laboratório. E por fim gritou sem pudor: façamos um grande deus à nossa imagem e semelhança! Que ele abençoe tudo o que nós fizemos e esteja a serviço de nossas ideologias e projetos. Sirva de acomodação para os pobres e marginalizados. E que esse deus se multiplique entre os homens, tomando várias formas na vida das pessoas. Que cada um possua o seu próprio deus, seja o deus do lucro e da ganância, do consumo, da técnica, do poder, do prazer e de toda sorte de impureza. Que esses deuses dominem o homem e o faça cada vez mais egoísta! E assim foi! FOI A SEXTA NOITE ANTES DO FIM.

O grupo do sexto dia apaga suas velas.

>> Na sétima noite, o homem ficou só, cansado e vazio. Não havia nada sobre a face da terra. Um frio e um tremor o envolveram por toda a parte. Só havia ódio, discórdia e morte. No meio daquela solidão, quase infinita, caiu a peste. FOI O FIM DO HOMEM!

Veio então uma ventania ensurdecedora arrasando o nada que havia ficado. Uma escuridão espantosa tomou conta de tudo. Era o caos! ...

O grupo do sétimo dia apaga suas velas.

> Depois, muito depois, se fez um silêncio encantador, uma brisa suave começava a passar... ERA O ESPÍRITO DE DEUS PAIRANDO NOVAMENTE SOBRE A TERRA. O Amor de Deus jamais será vencido. Se você, eu e todos nós acreditarmos na história do Amor de Deus Criador e Pai... Era uma vez um Pai, que amava o seu Filho e a história começa novamente...

Que sentimento experimentei nesta segunda parte da celebração, que significado trouxe para mim?

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