27 de agosto de 2011

Crônica da Jornada Mundial da Juventude



Nunca imaginava participar de uma Jornada Mundial da Juventude, especialmente porque sempre acontecia em países distantes. Me bastava acompanhar pela TV e ler depois os discursos do papa.

Mas então aparece o convite, com a proposta de representar com outros jovens brasileiros a MDJ num evento internacional, unindo-se à oportunidade de participar da JMJ na Espanha.


Em busca da raiz de tudo, partimos dia 12 de agosto rumo Madri. Saindo às 6h de Curitiba, com uma parada em São Paulo, chegamos após 10h de viagem atravessando o oceano.

Desde a chegada até a partida, cada acontecimento, cada fato e parte da história de quase duas semanas marcava para sempre meu coração.

A primeira atividade foi o Encontro da Juventude Dehoniana da Europa. Não são brasileiros, não têm o jeito brasileiro de acolher, mas estavam ansiosos por nossa chegada, primeiro grupo brasileiro num encontro europeu dehoniano.

Todos os meios de transportes precisamos utilizar, e desde os primeiros momentos em terra espanhola: metrô, ônibus, trem, carro, avião... haja cabeça para entender os mecanismos de transportes, as linhas de metrô e suas derivações e estações, as regras dos ônibus e as aventuras no avião. Antes mesmo da JMJ, já vivíamos jornadas intensas.

Nos perdemos muitas vezes nas coisas que estávamos perdidos, e sofremos por muitas vezes não enxergar conhecimentos e oportunidades de crescimento. Superando aos poucos, nos libertamos de conceitos e confortos para aventurar-se nas jogadas que a vida insiste em oferecer para cada um de nós.

Nossas raízes ainda estavam na superfície, relutando para aprofundar-se nos mistérios de Deus que exigem mergulho e coragem para romper barreiras. A barreira da linguagem também caminhou conosco, mas essa até que conseguimos ultrapassar com muito sorriso, olhares e gargalhadas.

A cada oração uma semente... isso ecoou como oportunidade de jogar-se na terra da experiência para descobrir como o amor de Deus é simples e fácil de alcançar.

Reunidos com mais de 300 jovens que olham para Deus com o coração dehoniano, somando mais de duas milhões de pessoas que ensinaram como é possível viver a paz e a unidade mesmo nas diferenças, ter visto e sentido tudo isso marca profundamente e para sempre.



Na raiz de tudo, lá no coração, revelou-se que a firmeza na fé constrói oportunidades na vida. Como o próprio papa insistiu na missa em Cuatro Vientos, a fé não é fruto do esforço do homem, da sua razão, mas é um dom de Deus. Tem a sua origem na iniciativa de Deus, que nos desvenda a sua intimidade e nos convida a participar da sua própria vida divina.
Ao Senhor da Vida ofereço esses dias, possíveis apenas porque foram sustentados por amizades, por recomeços e por oportunidades.



O Encontro da Juventude Dehoniana aconteceu de 13 a 18 de agosto de 2011 e a programação da Jornada Mundial da Juventude que participamos foi de 18 a 21 de agosto. Nos dias 22 e 23 fizemos um passeio por Madri e Toledo.


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