Em todo o Brasil celebra-se hoje, 12 de outubro, a festa da padroeira, Nossa Senhora Aparecida. Uma devoção que expressa a vida humilde e simples de nosso povo brasileiro, gravado na imagem negra e pequena da Mãe de Jesus, encontrada no Rio Paraíba.
Hoje, dia 12 de outubro, aqui no Noviciado, em Jaraguá do Sul, celebramos com toda a comunidade esta grande festa mariana. A capela estava lotada, mesmo com a chuva incessante. Junto com a homenagem, realizamos a primeira Eucaristia e o Crisma da Mara (foto), nossa funcionária.
Quero partilhar duas realidades marcantes do dia de hoje: a Mara tem uma história de vida marcada por muitos desafios e dificuldades. Não por ser negra, mas especialmente por ser pobre. Já sofreu muito e ainda luta para sustentar seus dois filhos, pagando aluguel e dedicando-se incansavelmente por nosso Noviciado. Fui seu catequista este ano, a preparando para os sacramentos que, hoje, celebramos com alegria. A Mara é muito simples, talvez nem tenha entendido muito o que realmente significam esses sacramentos. Porém, uma coisa todos temos certeza: ela vive estes sacramentos. É como um sinal em sua "própria pele", talvez não sabendo muito bem "como foram parar lá", mas sabendo que são sinais que não vão deixá-la nunca mais.
Outro fato foi o coral que animou a Missa: são de diversas crenças religiosas, católicos também, mas muitos luteranos e presbiterianos. Entoaram, com vida e alegria, o "Ave Maria" ao final da celebração. Assim como a Mara, talvez nem tenham percebido o que fizeram, mas me fizeram chorar: o que nos divide na fé, hoje nos uniu pela Eucaristia celebrada. Aquele que Nossa Senhora nos apresenta, seu Filho Jesus, não poderia fazer outra coisa senão nos unir. Essa é a Igreja que devemos ser.
Giorgio Sinestri
Hoje, dia 12 de outubro, aqui no Noviciado, em Jaraguá do Sul, celebramos com toda a comunidade esta grande festa mariana. A capela estava lotada, mesmo com a chuva incessante. Junto com a homenagem, realizamos a primeira Eucaristia e o Crisma da Mara (foto), nossa funcionária.
Quero partilhar duas realidades marcantes do dia de hoje: a Mara tem uma história de vida marcada por muitos desafios e dificuldades. Não por ser negra, mas especialmente por ser pobre. Já sofreu muito e ainda luta para sustentar seus dois filhos, pagando aluguel e dedicando-se incansavelmente por nosso Noviciado. Fui seu catequista este ano, a preparando para os sacramentos que, hoje, celebramos com alegria. A Mara é muito simples, talvez nem tenha entendido muito o que realmente significam esses sacramentos. Porém, uma coisa todos temos certeza: ela vive estes sacramentos. É como um sinal em sua "própria pele", talvez não sabendo muito bem "como foram parar lá", mas sabendo que são sinais que não vão deixá-la nunca mais.
Outro fato foi o coral que animou a Missa: são de diversas crenças religiosas, católicos também, mas muitos luteranos e presbiterianos. Entoaram, com vida e alegria, o "Ave Maria" ao final da celebração. Assim como a Mara, talvez nem tenham percebido o que fizeram, mas me fizeram chorar: o que nos divide na fé, hoje nos uniu pela Eucaristia celebrada. Aquele que Nossa Senhora nos apresenta, seu Filho Jesus, não poderia fazer outra coisa senão nos unir. Essa é a Igreja que devemos ser.
Giorgio Sinestri
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