21 de fevereiro de 2010

Igreja, espaço de acolhida

Aqui em Rio Negrinho, planalto norte de Santa Catarina, é o lugar de início da minha vida religiosa. Sou formador, junto de uma comunidade religiosa especial, de seis jovens do Propedêutico e outros 19 adolescentes do Ensino Médio.
Nosso seminário fica próximo à Igreja Matriz Santo Antônio, onde participamos da Celebração Eucarística nos finais de semana.

Foi o que fiz num sábado à noite. Esperando começar a Missa, sentado, acompanho a entrada de um senhor andarilho. Trazia revistas e papéis e uma sacola. Entrava cumprimentando a todos. Nem todos o cumprimentavam. Seu rosto brilhava com seu sorriso infantil. Seu primeiro ato foi aproximar-se da imagem de Nossa Senhora e demonstrar, num simples gesto de erguer as mãos, seu carinho. Foi sentar-se. Tinha lugar para ele na Igreja.

Embora alguns claramente não gostavam de sua presença, ele ali foi acolhido pelo próprio Senhor.

Celebrou, do seu jeito, fez-se presença, foi recebido. Comungou... ato tão simples e grandioso que todos podemos fazer: mesmo que muitos não nos acolham, excluindo e desprezando, é Jesus mesmo quem nos recebe.

Todos recebem o mesmo pão, o mesmo alimento, no mesmo gesto de mãos que se tocam para realizar o milagre eucarístico.

Obrigado, Senhor!
Sempre pronto a nos acolher, sei que queres nos ensinar a amar...
Giorgio Sinestri, scj

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