24 de fevereiro de 2010

Jovens devem ser protagonistas da política

Em seu discurso na reunião anual da coordenação entre políticos da "Rede a Itália", o Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de estado Vaticano, explicou que "a política é uma vocação ao bem comum e à salvação da sociedade. Um bem que não pode deixar de ser projetado ao futuro". Neste campo, disse, os "jovens não são então simples espectadores mas protagonistas da política, que não pode retornar ao passado nem estancar-se no presente".

Na sociedade atual, disse logo o Cardeal, "ocupar-se dos jovens e da política corre o risco de ver-se como um mero exercício de estilo" e "não se pode ocultar o sentimento de desilusão pelas 'maldades' que a política pode mostrar, relacionadas à fragilidade de uma condição humana comprometida, não necessariamente de maneira irreparável, pelo pecado original".

Por isso, continuou, "é uma grande responsabilidade" a dos jovens que "são partícipes das coisas futuras do presente" e podem "encontrar uma sólida referência no Evangelho e na Doutrina Social da Igreja".

A nova geração de políticos cristãos, explicou o Cardeal, está chamada a "traduzir a Doutrina Social da Igreja em opções concretas, a obrar uma mediação na realidade", considerando quatro princípios fundamentais: o primeiro é o "da dignidade da pessoa humana" atendendo "o problema emergente da bioética que toca as questões ligadas à vida humana".

O segundo é o da solidariedade que "não põe em segundo plano a justiça, mas sim oferece a esta um horizonte sem o qual também a justiça se transforma paradoxalmente em um instrumento do mal".

Finalmente, o terceiro princípio da Doutrina Social da Igreja é "o da subsidiariedade" que implica "um desafio para a nova geração de políticos cristãos" chamados a "uma mudança desde as bases, do território, das comunidades locais chamadas a contribuir ao bem comum da comunidade nacional e em última instância internacional".

O quarto princípio, disse o Cardeal, é o do bem comum já que "todas as pessoas estão chamadas a procurar o que une em vez do que divide". Ante estes desafios, os católicos devem viver especialmente a virtude "que se relaciona à própria missão na história, quer dizer a orientar a sociedade para valores superiores".

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