Irrequieto, idealizador e combativo foi eleito Bispo em 1952, permanecendo como Auxiliar na Arquidiocese do Rio de Janeiro.Antes mesmo se de ser Bispo, sonhara e estruturara a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em seguida, ajudou a criar o Conselho Episcopal Latino - americano (CELAM). Em 1956 iniciou a Cruzada São Sebastião, dedicada aos favelados do Rio de Janeiro. Em 1959 fundou o Banco da Providência, para atender aos mais carentes e excluídos do Rio.
A sua liderança apostólica em favor dos mais desprotegidos levou a Igreja – em 1964 – a nomeá-lo Arcebispo de Olinda e Recife, onde encontraria um imenso campo para a sua luta em favor da paz, da justiça e contra as múltiplas violências de opressão do ser humano.Viviam-se então os difíceis tempos da ditadura militar... A partir de então denunciou ao mundo as torturas e desrespeitos aos Direitos Humanos, pelo regime totalitário em vigência no Brasil. Por pouco não foi preso, não fosse a intervenção do seu amigo Paulo VI que lhe enviou um cálice, como simbolo da unidade fraterna que marcou a longa amizade entre os dois. Apesar de não ter sido atingido pessoalmente pela prisão e tortura, meses mais tarde, o seu filho espiritual, Padre Henrique Dias foi brutalmente assasinado por milicianos contratados. Dom Helder sofreu para sempre a dor desta perda, colocando-o como mártir daqueles sem voz e sem vez.
No Recife, abriu o Instituto de Teologia do Recife (ITER), com uma metodologia nova para a formação dos futuros padres e líderes da Igreja: uma teologia viva e libertadora, segundo o espírito do Vaticano II.Criou a Comissão de Justiça e Paz. Fundou o movimento Encontro de Irmãos, a Operação Esperança e o Banco da Providência. Incentivou a Ação Católica, as Pastorais dos diversos meios: lançou, em 1990, a Campanha do Ano 2000 sem miséria e tantos outros movimentos de Igreja e de Cidadania. Influenciou decisivamente o Concílio Ecumênico Vaticano II.Quando de sua aposentadoria, criou a “Obras de Frei Francisco”, que hoje é o Instituto Dom Helder Camara – IDHeC, que só passou a usar o seu nome após a sua morte.
Personalidade multifacetada, era místico, político, organizador, poeta, realista, sonhador, humilde, ousado, profeta. Contemplativo, unia contemplação e ação – acreditava que a realidade nasce no sonho, e se concretiza através da palavra e da ação.
Entre suas bandeiras encontrava-se a do ecumenismo, defendendo a relação com as outras Igrejas e as outras religiões, a defesa dos mais pobres, trabalhou com denodo durante toda sua vida a serviço da justiça e de causas sociais.
Por suas múltiplas e diversificadas atividades, encantando a muitos e desagradando a outros, foi chamado por vários nomes, entre os quais: guerreiro da paz!
Entre suas bandeiras encontrava-se a do ecumenismo, defendendo a relação com as outras Igrejas e as outras religiões, a defesa dos mais pobres, trabalhou com denodo durante toda sua vida a serviço da justiça e de causas sociais.
Por suas múltiplas e diversificadas atividades, encantando a muitos e desagradando a outros, foi chamado por vários nomes, entre os quais: guerreiro da paz!
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